Trabalho Ana Paula e Junior
Tema escolhido: TV e doação de órgãos
Ao nascer a primeira mídia que faz parte de nossas vidas é a primária. Começamos a conhecer o mundo através da fala, do olfato, da visão, do paladar e da audição. Através da voz de nossos pais, do toque, do cheiro deles, um mundo desconhecido começa a ser desvendado. Na construção de nossa identidade, ao longo de nossas vidas, incorporam-se no processo as mídias secundárias e as terciárias.
Há alguns anos, no processo de nossa formação psicossocial, as mídias secundárias e, principalmente, as terciárias, passavam a fazer parte de nosso crescimento, resultando em uma disparidade do nosso desenvolvimento com a rapidez evolutiva do mundo em nossa volta. Hoje em pleno século XXI, sabemos da necessidade das mídias secundárias e terciárias estarem presentes em nossa formação desde os primeiros anos de vida.
Com o desenvolvimento tecnológico a comunicação ganhou um novo rumo, no qual atualmente, as pessoas convivem intensamente com a mídia terciária e atribuem a esta uma importância maior que as outras, esquecendo-se de como a mídia primária e secundária são importantes pra nós.
A mídia terciária exige um aparato de ambos os lados, ou seja, se utilizam de ferramentas para se comunicarem, onde o mais moderno não suprimi o mais antigo, ou seja, a mídia terciária não anula as mídias primárias e secundárias. São mídias com sistemas cumulativos e possuem em seu âmago a interação entre dois corpos e por isso é necessário enxergar os corpos como textos vivos não apenas no aspecto biológico, mas no semiótico também, ou seja, toda comunicação inicia-se em um corpo e termina em outro corpo por mais que se coloquem as máquinas à frente.
A mídia terciária tem o poder de mexer com o imaginário humano e dessa forma, se não forem bem usadas, podem ser prejudiciais para a formação humana, da mesma maneira, se forem bem usadas tem um imenso potencial para contribuem de maneira eficaz na formação do indivíduo e da sociedade.
A televisão, o cinema ou qualquer outra que use a combinação de palavras e imagens são ferramentas poderosas em criar padrões de comportamento, pois utilizam, para isso, a musicalidade das palavras e o encantamento das imagens. Dessa forma penetra profundamente no imaginário das pessoas, um aspecto negativo, mas se for explorada de forma positiva, torna-se uma arma eficaz para despertar a atenção da sociedade para problemas como o da falta de consciência da sociedade para a questão da doação de órgãos.
Somos bombardeados com campanhas e ações publicitárias, filmes, novelas, que mostram a realidade dramática de quem precisa de um transplante. Nesse sentindo a mídia funciona como uma geradora de esperança para aqueles que passam por esse tipo de necessidade, e tem se mostrado essencial para amenizar esse problema. A mídia é um importante meio para alertar as pessoas da necessidade em ser um doador e assim salvar outras vidas.